domingo, 7 de julho de 2013

Anjos Perdidos em terra Queimada- Mons Kallentoft


Anjos Perdidos em Terra Queimada- Mons            Kallentoft



    Anjos Perdidos em Terra Queimada, Mons Kallentoft, Dom Quixote, 2011, Alfragide.
    Título Original- Sommardöden, 2008,Suécia.

" Quando o vento sopra do lado das florestas sente-se o cheiro do fumo dos incêndios, passando por toda a cidade de Linköping, toda ela envolta por um calor diabólico, dia e noite, provocado por ventos quentes do sul. O verão mais quente na memória dos homens." (pág.15).

"Mas Malin percebeu, pela voz de Zeke, que o caso era sério, o Mal tinha recomeçado a manifestar-se, essa corrente negra, subterrânea, indefinida, que existe sempre onde quer que o ser humano esteja." (pág. 30).


Seguindo a linha do primeiro volume da tetralogia, este segundo livro é tão bom quanto o primeiro, na minha opinião, lá pelo quarto começa a perder qualidades, mas também já é o quarto, damos, pois, um desconto.
Passamos de um extremo ao outro no que toca ao clima: no primeiro era o mais rigoroso inverno que já se teve registro. Neste segundo, o verão é abrasador, atipicamente abrasador para um país como a Suécia.
A violência no entanto, é a mesma, a loucura maior.
Dessa vez duas crianças desaparecem e são mantidas em cativeiro por alguém cujo passado de perdas, desespero e dor fizeram com que traçasse um caminho de insanidade e morte.
Malin Fors, terá que lutar contra o tempo para tentar encontrar as meninas com vida e encontrar Tove, sua própria filha, que, num repente, vê-se ás voltas com quem sequestrou as duas meninas naquele verão infernal.
Igualmente bem escrito, o mesmo recurso narrativo do primeiro, com o qual o leitor já estaria acostumado, porém sabe-se de antemão que uma delas já está morta, e teta desesperadamente lançar pistas a Malin.
Maria Murval, no hospital, continua a "assombrar" os pensamentos de Malin, que não descansará enquanto não solucionar o caso em aberto em Sangue Vermelho em campo de Neve.
O corpo encontrado de uma das meninas fá-la lembrar-se do que ocorreu com Maria Murval, e pergunta-se se não estaria diante do mesmo assassino.
Altamente recomendável.

Nenhum comentário:

Postar um comentário