terça-feira, 31 de dezembro de 2013

HOSTAGES

Uma dica no último dia de 2013:
A série Hostages promete muita adrenalina e um desempenho fantástico de Toni Collete!
Por enquanto temos apenas a primeira temporada, esperemos que outras venham a seguir!
Bom entretenimento.
No Brasil está a ser exibida pelo Canal Warner.
Somos Warner!!!






































segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Rose Madder- Stephen King


               Rose Madder- Stephen King


Rose Madder, Stephen King, Objetiva, 1996, Rio de Janeiro.
Título Original: Rose Madder, Viking,1995.





" -Nunca mais- murmurou. Enfiou a bolsa debaixo do braço e deu os primeiros doze passos para o espesso nevoeiro que era agora seu futuro." (pág.32)

"Eu retribuo, sussurra uma voz no fundo de sua mente. Mais cedo ou mais tarde, pequena Rosie, eu retribuo.Quer você queira ou não, eu retribuo." (pág.623)

Desta vez não vou dizer muito sobre o livro porque qualquer coisa que eu possa dizer a respeito não pode dar sequer uma ideia do que lá está dentro.
Literalmente.
Digo literalmente porque se formos fazer um paralelo entre o livro e o quadro que está dentro do livro, então é mesmo literalmente.
O leitor não faz mesmo ideia do que lá está inside...
Confesso que o livro surpreendeu-me imenso e por duas boas vezes como diria o próprio King, "por duas boas vezes", tive a sensação que tento passar a meus alunos de Leitura, que é a sensação de estar dentro do quadro, a observar e ver nitidamente e permitam-me acrescentar, cheia de medo, a cena final do quadro rose madder.
Para o leitor que tiver uma ótima imaginação, vai ver nitidamente indizível imagem da qual estou a falar.
"Rose Madder" é um livro surpreendente.
Um livro sobre a força de uma mulher, Rosie, cansada dos mau tratos do marido policial Norman (???) Daniels, e um dia, depois de catorze longos anos de provações extremas, (que também não vou contar,pois só mesmo lendo para se ter noção do quão cruel pode um ser humano ser.) saí de casa com o cartão de crédito do marido rumo ao desconhecido e podem apostar que é mesmo desconhecido.
Norman inicia uma obsessiva perseguição à sua esposa e fará tudo para encontrá-la e resgatar o que lhe pertence.Um autêntico psicopata.
Também é um livro no qual a mente sombria e criativa do autor está impecável e energicamente presente.
Stephen King no seu melhor, o ritmo da narrativa é dinâmica, capítulos curtos, uma expectativa sempre crescente.
Quando Rose entra no quadro pela segunda vez, pode segurar-se no sofá, na cama, onde quer que você esteja a ler, porque o portal vai abrir-se bem à sua frente.
Pode esperar.
Rose Madder, é um dos melhores trabalhos que já li do autor.
Sombrio.
Denso.
Terrível.
Forte.
Libertador.

Ainda não há nenhuma adaptação para o livro, mas creio que nas mãos de Michael Bay, não ficaria nada mau....
Ou sam Raimi, também seria uma boa opção....enfim....

domingo, 29 de dezembro de 2013

Horror em Amityville- Jay Anson


      Horror em Amityville- Jay Anson




Horror em Amityville, Jay Anson, Círculo do Livro, s/d, São Paulo.
Título original: The Amityville Horror, Prentice Hall, 1977.









"(...) a 13 de novembro de 1974, uma grande casa colonial, situada na Ocean Avenue, 112, fora cenário de um assassinato em massa .Ronald Defeo, de vinte e quatro anos, matara metodicamente com um rifle de alta potência os pais, os dois irmãos e as duas irmãs. Fora condenado à prisão perpétua." (pág.11- Prólogo)

" Por volta das onze horas daquela sua primeira noite na casa, os Lutz resolveram se deitar. O frio aumentava e a temperatura descera a seis graus abaixo de zero. Várias caixas vazias utilizadas na mudança queimavam agora em alegres labaredas. Estavam a 18 de dezembro de 1975, e ia terminando o primeiro dos vinte e oito dias  que ali permaneceriam. (pág.29)


Vários são os livros de ficção e não ficção que abordam o tema do sobrenatural ou paranormal ao longo de algumas décadas, nomeadamente a década de 70, onde abundaram livros e filmes do gênero. A melhor produção, diga-se de passagem.
"The Amityville Horror" destaca-se por ser, a princípio, um relato feito por Jay Anson, a partir do depoimento dos Lutz após os assustadores acontecimentos ocorridos em sua residência, na Ocean Avenue, 112 , Long Island.
A casa, que foi comprada por uma pechincha pelo casal George e Kathleen Lutz, trazia consigo uma história perturbadora da família que a habitara anteriormente, os Defeo.
Ronald Defeo, o filho mais velho, havia assassinado seus pais e os dois irmãos, com um rifle no meio da noite enquanto a família dormia.
Segundo Ronald, que havia se mudado recentemente para o porão da mansão, vozes lhe disseram para que os matasse e ele simplesmente obedeceu.
A família Lutz passou por um verdadeiro inferno de horror e agonia antes de deixar a propriedade: vozes, enxames de moscas inexplicavelmente apareciam na janela do sótão, a filha mais nova do casal, Missy recebia mensagens do amigo invisível Jodie, o qual tinha a forma de um porco:" _ Entendo, disse Kathy._ e o que mais Jodie lhe contou?. A menina pensou um pouquinho. _ Ontem de noite ele me disse que eu ia morar aqui para sempre para poder brincar com o menininho." (pág.164) uma entidade maligna que se materializou para que Kathleen a pudesse ver, entre outras situações aterradoras.
" As pegadas não eram de homem, nem de mulher.Tinham sido impressas por cascos fendidos,- como as de um porco gigantesco." (pág.98)
Uma das situações mais perturbadoras, foi em verdade, a transformação de George Lutz, tanto psicologicamente como fisicamente: deixou de ter cuidado com sua higiene, mal dormia, tornou-se agressivo com a esposa e as crianças: " Kathy ia reclamar de george por censurar as crianças na frente de sua mãe e do irmão, quando notou que o rosto do marido tinha uma expressão estranha." (pág.50)
O reverendo Mancuso  ao visitar a casa pela primeira vez foi de lá expulso por uma voz que ordenara sua saída da casa.
Nunca mais lá voltou apesar dos insistentes pedidos da Sra. Lutz.
O sacerdote recebeu como aviso chagas nas mãos que sangravam e inchavam sempre que em suas preces pedia pelos Lutz ou tentava aproximar-se da Ocean Avenue: 

"Na Sexta-Feira Santa de 1976, o padre Mancuso teve alta de umapneumonia e em abril foi transferido de sua diocese para outra paróquia, bem longe da Ocean avenue. Ele ainda ostenta as cicatrizes do medo e das humilhações infligidas pelo que quer que tenha lá encontrado." (pág.186)
Médiuns e parapsicólogos foram chamados para investigar a casa e o que lá encontraram não foi lá muito animador: "O que quer que esteja aqui, em minha opinião, é inegavelmente de natureza negativa. Não é ninguém que já tenha estado na Terra sob forma humana. É um ser das entranhas da terra." Lorraine Warren, vidente. (pág.185)

Em minha opinião, não coloco em xeque a veracidade dos acontecimentos narrados por Ronald Defeo em sua defesa e pelos Lutz, posto que fenômenos paranormais e sobrenaturais ocorrem, quer se acredite neles ou não. Muitas tentativas de explicar racionalmente tais fenômenos, a meu ver, são meramente paliativos a fim de tranquilizar nossos espíritos e mentes de uma inquietação natural perante eles.
Por isso, como diz o próprio Jay Anson:"Quanto mais racional a explicação, menos sustentável nos parece.E o caso que chamei de Horror em Amityville, continua sendo um daqueles tenebrosos mistérios que desafiam nossa concepção convencional do mundo." (pag.191,Apêndice)

Boa leitura, caso o leitor não seja impressionável....


112, Ocean avenue, Long Island
The Amityville Files :

http://www.amityvillefiles.com/murders.htm



artigo sobre a venda da casa


a retirada dos corpos dos Defeo
George e Kathy Lutz

O livro foi adaptado para o cinema pela primeira vez em 1978:



Houve algumas sequências, parece-me que três, mas nada relevante.
Recentemente,em 2005,  apareceu uma nova adaptação, porém pouco fiel ao livro...no entanto, vê-se bem....





sábado, 28 de dezembro de 2013

Sala dos Homicídios- P.D. James

    

           Sala dos Homicídios- P.D.James


Sala dos Homicidios, P.D.James, Companhia das Letras,2004, São Paulo.
Título original- The Murder Room, 2003, Faber and Faber.



" A Sala dos Homicídios era grande, com pelo menos dez metros de comprimento, e bem iluminada, com três lustres pendentes, mas para Dalgliesh a primeira impressão foi de obscura claustrofobia, apesar das duas janelas a leste e de mais uma, que dava para o sul." (pág.37)

"- Não há problema com o contrato. Meu irmão mais velho e eu estamos decididos.O museu Dupayne continuará a existir." (pág.60)

Sala dos Homicídios é um daqueles romances policiais que surpreendem por não parecer um romance policial no que toca a forma como é narrado.
Por exemplo em Livro Primeiro-Pessoas e Lugares a descrição dos personagens,  como eram suas vidas anteriormente ao tempo presente da narrativa, nada deixam a desejar aos dramas de Elizabeth Gaskell, como por exemplo "North and South".
Seus personagens são bastante ricos interiormente, há uma variedade grande de emoções, segredos, paixões, medos e sobretudo astúcia.
Neste livro, o inspetor Adam Dalgliesh precisa resolver três homicídios relacionados com precisamente, A Sala dos Homicídios que por sua vez, é uma sala dentro do Museu Dupayne onde é possivel visitar os crimes mais famosos do período entreguerras.
Por trás dos crimes está a questão chave: afinal o Museu Dupayne manter-se-á aberto? ou por um capricho do irmão mais novo, encerrará suas portas antes do dia 15 de Novembro?
O museu, fundado pelo patriarca Max Dupayne está na família há gerações e abriga além das obras de arte e uma biblioteca bastante antiga e valiosa, abriga funcionários, como por exemplo a Senhora Tallulah Clutton ocupante da cottage desde que fora para lá trabalhar.
Para funcionários e familiares, é importante que a situação financeira do museu se estabilize para que possam manter seus empregos, e seus níveis de vida além de, para alguns, como a senhora Clutton, seu pequeno lar.
Portanto todos as pessoas ligadas ao museu tinham motivos para cometer os assassinatos, resta saber quem e seu real motivo.
Como as pessoas têm seus segredos mais profundos, um desses segredos foi o móbil para os homicídios.
Prontos para descobrir??

             A BBC adaptou o livro em uma minissérie em 2004:


terça-feira, 10 de dezembro de 2013


             A Torre Negra- P.D. James




A Torre Negra, P.D. James, Companhia das Letras, 2004. São Paulo.
Título Original- The Black  Tower, Faber and Faber, 1975.


" Meu caro Adam:
Sei que você deve estar ocupadíssimo, mas gostaria muito que me fizesse uma visita, já que estou com um problema que seus conselhos profissionais talvez possam ajudar a resolver." (pág.14)

" Padre Michael Francis Baddeley,
 Nascido em 29 de outubro de 1896
 Falecido em 21 de setembro de 1974, R.I.P.
 Enterrado na igreja de São Miguel 
De Toynton, Dorset
Em 26 de setembro de 1974." ( pág.24)

" A carta foi datilografada em papel da vila Toynton e na velha Remington, que é usada sobretudo por Grace Willison para bater o boletim trimestral. Ela me pareceu a mais provável candidata. Ursula Hollis só chegou dois meses depois. Essas coisas não são em geral obra de solteironas de meia-idade?" (pág. 107)

Ora aí está mais um belíssimo exemplo de como P.D. James tece uma narrativa de suspense e acrescenta sua pitada gótica para ressaltar o sabor.
Na linha de Morte no Seminário e Mortalha para uma Enfermeira, A Torre Negra" P.D.James, na figura da torre de xisto em um promontório, traduz o sombrio de maneira perfeita, sem beirar ao clichê convencional dos filmes de horror à la Vincent Price.
Mais uma vez o detetive Dalgliesh é levado até uma vila remota, desta vez, à Vila de Toynton a pedido de seu amigo Padre Baddeley que precisava de seus serviços.
Porém o detetive chega tarde demais, e encontra seu amigo já morto e enterrado.
Descobre então que o padre recebera uma carta anônima e que outros membros da Casa de Repouso também as receberam.
Com as sucessivas mortes que vão ocorrendo Dalgliesh associa as mortes às cartas recebidas e as suspeitas recaem sobre os membros da pequena comunidade.
Tendo uma paisagem sombria como fundo, o detetive terá que avançar e recuar várias vezes até encontrar o verdadeiro assassino e seu inesperado motivo.
A questão das cartas anônimas lembra-me um pouco o livro O enigma das Cartas Anônimas de Agatha Chrisitie, (1943), e o que é mais interessante é que em ambos os livros as suspeitas caem sobre uma mulher, solteirona e a máquina de escrever, pertence a um Cube ou Instituto coletivo: " (...) Foram escritas por uma mulher, em minha opinião de meia-idade, e é provável, embora não certo, que não seja casada."
(...) É uma velha máquina do escritório de Mr. Symmington, oferecida por ele ao Instituto das Mulheres, onde, posso afirmar, ela é de muito fácil acesso."(paginas 79 e 80).
Agora releiam o que foi citado na página 107 de A Torre Negra.
A ociosidade nas mulheres solteiras e de meia-idade me parece ser a principal causadora de tais suspeitas, pobrezinhas....
Bem, suspeitas infundadas à parte, a leitura de "The Black Tower" só tem a acrescentar no universo da literatura britânica de suspense.
Para fechar a postagem um trecho pictórico da passagem do detetive pelo velho promotório. Boa leitura. ...

" Agora não havia mais viva alma no promontório; a vila Toynton e as casinhas em volta estavam ás escuras, desertas debaixo do céu carregado. escurecera muito na última meia hora. A tempestade viria antes do meio-dia. A cabeça de Dalghiesh já começara a doer em antecipação aos trovões. Tudo descansava na calma sinistra que antecede que antecede o campo escolhido para a batalha." (pág.307)

Capa da primeira edição de The Black Tower pela Faber and Faber



pela capa original tem-se a ideia perfeita do que aguarda o leitor.

O trailer da mini-série inspirada no livro:



domingo, 1 de dezembro de 2013


   Mortalha para uma Enfermeira- P.D.James




Mortalha para uma enfermeira, P.D.James, Companhia das Letras, 2011, São Paulo.
Título original: Shroud for a Nightingale, 1971.

" Na manhã do primeiro assassinato, a srta. Muriel Beale, inspetora das Escolas de Formação de Enfermeiras junto ao Conselho Geral de Enfermagem, já estava acordada pouco depois das seis da manhã e, com um certo desânimo matinal, lembrou-se de que era segunda-feira, 12 de janeiro, dia da inspeção do Hospital John Carpendar." (pág. 7)

"Uma placa pintada de branco apontava para a direita e dizia: "Mansão Nightingale, Escola de Enfermagem.
Trocou de marcha e virou com cuidado.(...)
As árvores cresciam bem perto do caminho e suas copas se entrelaçavam no alto,de modo que os pesados ramos escuros formavam um túnel sombrio." (pág.15)

"Sentiu-se estranhamente isolada naquele silêncio sombrio; de repente foi tomada por uma ansiedade irracional, uma sensação bizarra de viajar fora do tempo, em alguma nova dimensão, sendo arrastada para um horror incompreensível e inevitável." (pág,.16)

Pois é desta mesma maneira que o leitor de "Shroud for a Nightingale" sentir-se-á, quando pousar os olhos nas primeiras páginas deste que é, na minha opinião, uma dos melhores da autora.
Antes porém de falar um pouco sobre o livro, devo fazer um aparte pequenino: há muitos anos, em minha infância ainda, tinha ( e ainda tenho) uma amiga e vizinha chamada Beatriz que por sua vez tem uma irmã mais velha, a Arilda.
A Arilda vivia em São Paulo já naquela época, e quando vinha de visita à família ou passar férias, era comum vê-la a circular pela casa, pela vizinhança, mas sempre com uma distância mantida, posto que ela era" a irmã mais velha que morava em São Paulo". Isto meus caros era sinal de respeito naquela altura,  principalmente em uma cidade pequena como a nossa.
Anos se passaram, cada qual seguiu sua vida, saí do país, estive fora por quase quinze anos e eis que ao regressar, conversando com a Beatriz, descubro que a Arilda além de fazer parte das minhas memórias da infância, tem em comum comigo o gosto pela literatura de suspense, de boa qualidade, que fique assente nos autos.
E foi através dela, ainda que indiretamente, que este livro me chegou às mãos. 
E o que é mais interessante é que tal como na infância, nós não nos vemos, nem nos falamos, os livros chegam a mim através da irmã, e há uma certa magia nisso.Como nos livros....
Por isso, essa postagem é dedicada a ela.

"Mortalha para uma Enfermeira" é um dos melhores livros que já li dentro de seu gênero. 
P.D.James  além de escrever sempre uma boa história policial, inclui nela um elemento que considero magistral neste tipo de literatura: o gótico.
E neste livro ele está representado fisicamente pelo edifício onde fica a escola de enfermagem Nightingale House, cuja descrição é magistralmente construída e também presente na figura do "fantasma" de Nancy Gorringe, ou ainda na sensação de ameaça invisível que paira ao redor de toda a mansão.
"Além disso, seria extremamente difícil manter o prédio aquecido de forma adequada, e aqueles janelões góticos, pitorescos, sem dúvida, para quem gostava daquele tipo de coisa, deviam bloquear quase toda a luz.
Para piorar, havia algo sinistro, assustador mesmo, naquela casa.(...) era realmente lamentável abrigar jovens estudantes naquele monstrengo vitoriano."

"Ele não era supersticioso, mas a sua sensibilidade imaginativa rendia-se à atmosfera."

Temos a sensação de estarmos em um filme noir dos anos 50.
A trama gira em torno dos assassinatos de duas estudantes de enfermagem em Nightingale House, o inspetor Dalgliesh, da Scotland Yard, é chamado para abrir as investigações do caso aparentemente fácil de resolver.
Porém o caso assume contornos mais complexos e o levam a investigar o passado das enfermeiras, médicos, assistentes, estudantes, todos os possíveis suspeitos dos assassinatos.
Inteligentemente bem feita a narrativa faz com que o leitor queira aguçar seus "dons detetivescos" numa parceria com o agente Dalgliesh a fim de desvendar o mistério.
 As   personagens sobretudo femininas são bastante consistentes, determinadas e inteligentes: " Ali estava uma mulher  aparentemente sem graça, que dedicava a vida a um só objetivo com uma dedicação extraordinária. Se algo- ou alguém- se interpusesse no caminho daquilo que ela considerava um bem maior, até onde sua determinação a levaria? Para Dalgliesh ela parecia uma mulher antes de mais nada, inteligente.Mas o assassinato com frequência era o último recurso dos sem-inteligência.
E teriam sido aqueles assassinatos obra de uma mulher inteligente?"
Ou ainda:
"- Exatamente, disse Dalgliesh. A senhorita é uma mulher muito inteligente."
 (...) Mas o que o conselho paroquial da igreja faria com sua inteligência determinada era outro problema. Desejou não ter que prendê-la por assassinato antes que eles tivessem a oportunidade de se decidir." (pág.211)

E, tendo que lidar com suspeitos ardilosos e inteligentes, Dalgliesh terá que superar a si próprio a fim de solucionar o caso.
Porém o fará com maestria.

Um livro altamente recomendável, para ler e voltar a ler sempre que a saudade de uma atmosfera gótica, nas noites de inverno, se fizer ouvir.

Capa da edição britânica:


possivelmente a edição de 1971
Edição Americana:




Edição Portuguesa da Europa-América:







Para ler um trecho da edição em inglês siga o link:

http://www.amazon.co.uk/Shroud-Nightingale-Baroness-P-James/dp/0571230059

Houve uma minissérie em 1984 porém não encontrei nenhum vídeo disponível para postar.