domingo, 24 de junho de 2012

           
                      Filme do Mês- Junho         

                  The Changeling- 1980





The Changeling, 1980
Realizador- Peter Medak
Duração- 107 min.
Idioma- inglês
Brasil- O Intermediário do Diabo
Portugal- O desvendar de um mistério
Atores/ Personagens principais- George C. Scott (John Russel), Trish Van Devere( Claire Norman) e Melvyn Douglas ( Senator Joe Carmichael)

Em primeiro lugar quero expressar novamente minha irritação em relação aos títulos mal traduzidos.
Não sei porque cargas d'água o título passou de "The changeling" para "O Intermediário do Diabo".
É por essas e outras que há ainda algum preconceito em relação aos filmes de terror, onde as pessoas infelizmente deparam-se com os adjetivos complementares " do diabo" " do mal" " maldito" "sangrento" e por aí vai...
Enfim...
Bem, de intermediário do diabo o filme não tem nada, no fundo é um filme bem triste até.
Após presenciar a morte da esposa e filha num estúpido acidente de automóvel, John Russel que é compositor e professor universitário de música, muda-se de Nova York para Seatlle a fim de recomeçar a vida.
Vejam bem: um senhor de meia idade, viúvo, solitário, sem sequer um animal de estimação(o piano não conta), ao invés de alugar um daqueles apartamentos "cousin", vai viver em uma mansão (fotos) afastada um nadinha da cidade. Cabe na cabeça de alguém?
Estando quase sempre sozinho em casa, John começa a sentir sutilmente as primeiras vibrações da mansão, seus sons há muito incrustados na madeira antiga e nas paredes, e muitas vezes, num pesado silêncio, tem a impressão de não estar sozinho.
Recordo aqui a cena do piano que é a primeira manifestação concreta, por assim dizer, de que John não está sozinho na mansão.
É quando o personagem está na sala a tocar e uma das teclas não parece bem, estaria emperrada. O jardineiro chama por ele e ele sai para atendê-lo.
Um close no piano e vemos a tecla a bater sozinha emitindo a nota que ecoa pelo salão vazio.
O cotidiano de John segue seu curso, vemos algumas tomadas em seu local de trabalho e a volta para casa ao fim do dia. São cenas solitárias e tristes, a música de fundo acentua essa impressão.
Numa de suas noites solitárias, ouve o ruído de água a escorrer, passa pelos cômodos fechando as torneiras e, ao chegar na casa de banho vê o corpo de um garoto na banheira coberta de água.
Dias depois faz uma incursão ao quarto do sótão e lá descobre além de uma cadeira de rodas de criança, uma caixinha de música e cadernos pertencentes a um rapazinho de nome Joseph.
Nos dias que se seguem o professor é "visitado" por uma bola de brinquedo que desce degrau a degrau as imensas escadarias vinda do sótão.Por sinal, a bola idêntica a de sua filha.
Numa reação furiosa ao pavor, ele atira a bola ao rio.
Mal entra em casa e lá está a bola novamente a descer as escadas.
John vai procurar então a senhorita Claire, que foi quem lhe ajudou a alugar  a casa.
Ambos através de pesquisas em antigos jornais e com a ajuda de um médium acabam descobrindo um terrível segredo.
Acreditando que o Senador Carmichael esteja envolvido, John Russel vai confrontá-lo e tal confronto vai culminar num desfecho fatal.
"The Changeling" é a clássica história de fantasmas com ingredientes sutis e elegantes: a caracterização da mansão, a solidão acentuada do personagem principal, a sutileza dos movimentos de câmera, a banda sonora...
Logo no início,  as cenas das ruas de Nova York dão um toque bem interessante á introdução do filme. Gosto particularmente de introduções de filmes.
A fotografia também vale á pena ser notada neste filme, tem passagens bonitas, mesmo as urbanas. Se repararem na cena em que John vai visitar Claire em seu local de trabalho e ambos vão ao terraço, se derem uma pausa no dvd, vão ver uma bela foto urbana. Quem me dera a mim trabalhar num sítio assim.
O filme tem o teor de thriller psicológico na medida certa para mexer com os nervos do espectador.
A cena em que John volta para casa na noite em que lançou a bola ao rio, é realmente impactante. A casa no mais completo silêncio e de repente, tec, tec, tec, o som da bola ( que supostamente deveria estar no rio) a descer as escadas até ficar imóvel aos pés dele.
Cenas como a da bola e a da cadeira de rodas em chamas, trazem de volta a sensação do medo mais primitivo que há, o do desconhecido. Fica a sensação de medo puro, de estar a sendo acossado por algo etéreo e opressor. É terrível.
Convém lembrar que o filme foi feito sem nenhum efeito especial de última geração como os de hoje em dia, o desempenho dos atores foi excelente, todos foram perfeitos em seus papéis. 
A casa usada para as filmagens foi demolida assim que elas acabaram.Foi pena. 
O nome da casa no filme, Mr. Turtle, é o mesmo nome usado no filme "The Others"


"The changeling" ganhou os prêmios de melhor ator estrangeiro para George C. Scott, melhor atriz estrangeira para Trish Van Devere e melhor roteiro adaptado.
Fica então a sugestão!



A Casa  1


                                                    A Casa 2




Cena do piano

 
Cena da bola


                                            O quarto no sótão



                                    
                                           Primeira parte do filme


               No Café do Sr. Fernando






Well, filme escolhido, é hora de passar no café do senhor Fernando e dar uma espreitadela no prato do dia.
Sugestão: Batatas no forno com espargos e bacon
Para beber, senhor Fernando sugere Super Bock Stout em copo de fino porque os de bojo estão a lavar.
Bom filme e bom apetite!
Ê gato!!!!

                  Batatas no forno com espargos e bacon

500 g de batata nova média
sal
200g de hastes verdes de espargos finas
pimenta acabada de moer
75 g de bacon, fatias finas
75 g queijo Cheddar, ralado
2 colheres de sopa de manteiga
cebolinho para guarnecer

Lavar as batatas e se necessário, escová-las muito bem. Cozê-las muito bem, em água com sal aproximadamente 15 minutos.
Escorrê-las e deixá-las secar.
Lavar os espargos e cortar-lhes as extremidades. Aquecer 1 colher de sopa de manteiga numa frigideira e fritar aí os espargos a lume muito brando aprox. 5 minutos. temperar com sal e pimenta e deixar arrefecer um pouco.
Cortar o bacon em pedacinhos. Partir ao meio as batatas e com uma colher fazer-lhe uma pequena cavidade.
Misturar a massa da batata com bacon e queijo.
Colocar as batatas numa forma untada, repartir aí os espargos e colocar por cima a massa de bacon e queijo.repartir a restante manteiga em pequenas nozes.Levar ao forno pré-aquecido a 200° aproximadamente 10 minutos.
Servir guarnecido com cebolinhos.

(Comer bem, viver melhor, vol.1  Entradas e Petiscos )


Imagem ilustrativa (não é a da receita)


A nossa querida Super Bock Stout



O copo de fino á beira do Douro



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